Soneto Para Lucia Constantino

Teus versos que são córregos tão calmos

Iguais às sangas claras das campinas

têm música nas águas cristalinas:

serena serenata em tom de salmo.

Irrigam todo vale, palmo a palmo,

zelando pelas flores pequeninas

e nublam os espelhos das retinas

teus versos que são córregos tão calmos.

Tu sempre quando cantas: nos fascinas,

por isso, amiga, Lúcia Constantino,

meus olhos ficam plenos de neblina...

Quem ouve o que dedilhas imagina

estar ouvindo cânticos ou hinos

do sonho celestial duma menina.

Porto Alegre, 13/02/2007