O BOM PAI

Ao meu pai querido!

Se és pai e não o és por acaso

Se quisestes sê-lo e assim se fez

Se rosas de ti em vaso-mãe brotaram

Que ninguém julgue por sua vez

Do amor que tendes e do fino trato

Que para além dos sorrisos no retrato

Tu a elas dedicas dia-a-dia, mês-a-mês.

Não são os presentes que emocionam

A um pai justo e de nobre sensibilidade.

Não são as efemérides do capitalismo

Com os fingimentos de sua publicidade

Que comovem os corações dos bons pais.

Amor paterno não é de cifras, é muito mais

Nasce do simples, ao sabor da espontaneidade.

É no abraço cálido que recebe

É no sorriso terno de suas crianças

No beijo do encontro ou da despedida

Em que deposita as suas esperanças

De um amor que é natural e pleno,

Amor sem artificialismo, sereno

Que se fortalece e jamais se cansa.

Marcos Cavalcanti
Enviado por Marcos Cavalcanti em 12/08/2012
Código do texto: T3826624
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