Manoel, meu irmão!

Mesmo que este longe estar permaneça

Assim como se fosse uma forma de castigo

Não permitirei que a minha alma esqueça

O que de bom eu aprendi contigo!

Em corpo não estou presente em cada dia

Lamento em parte, que seja assim...

Porém, da saudade faço uma romaria

Entrando no peito de quem espera por mim!

Rogo numa prece verdadeira

E ergo aos céus um pensamento...

Ilumine Deus a tua vida inteira

Repare Ele em ti a todo o momento

Assim é a minha maneira de ser presente!

Valiosa será sempre esta corrente

Alicerçada num enorme bem-querer

Letra a letra se escreve que és Valente

E assim sendo, os outros é que devem tremer!

Nada digo que não sintas por inteiro

Tens ideia feita sem letras de tinteiro

Es luz de um farol que guia o timoneiro!

Nota final ; Manoel Pereira Valente é meu irmão, e tal como no acróstico que dediquei à minha mãe, tenho também de acrescentar que estas linhas não o definem com justiça, nem definem também o que sinto pela sua pessoa e pela sua vida. Te amo Mano.

Jacinto Valente
Enviado por Jacinto Valente em 16/02/2007
Reeditado em 25/09/2008
Código do texto: T384034
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