Adeus, Velho chico!

Foi-se o velho Chico. O Chico da Farmácia. O marido. O pai. O avô. O irmão. O tio. O padrinho. O amigo. O Chico multifacetado para dar conta de todos que o rodeavam. O mesmo velho Chico (não tão velho assim) que gostava de um dedo de prosa com os vizinhos, na saída e na volta do trabalho. Numa sexta-feira de tardinha quando se preparava para testemunhar mais um casamento... É... Chico pegou a todos de calças curtas... Surpresa total. Foi sempre assim, fala mansa, jeito calmo, mas sem nunca ser despercebido. Chama-se Luz, isso o que ele possuía. Pois é... Nesse dia Chico foi escolhido por Deus para nos deixar... Ficamos desolados, inconformados, afinal não compreendemos os mistérios que regem o céu e a terra...

A ausência de uma pessoa querida nos faz acreditar que a qualquer momento ela pode surgir assim... Do nada!

É uma dor que vira saudade, boa, eternizada, mas até chegarmos a esta conclusão a gente sofre brutalmente, chora copiosamente, rebela contra nossos princípios e ficamos presos na solidão de nos mesmos...

Nossa vida é limitada e conhecemos essa verdade desde o nosso nascimento. Mas enfrentar esse fato é muito cruel...

Agora devemos lembrar-nos da pessoa linda, do marido excepcional, do pai amoroso, do avô maravilhoso, do tio, do irmão, do padrinho, do amigo de amor incondicional que sempre foi. Por essa razão e pelo verdadeiro amor que sentimos por ele, elevemos o nosso pensamento e pedir a Deus luz nessa caminhada do seu encontro na casa eterna, onde um dia, com certeza, estaremos todos reunidos novamente como família universal.

Enquanto a dor estiver tão doída, serei apenas silêncios...

Em memória de Francisco.

Cunhado, irmão e amigo!

+ 31 de agosto de 2012