Ó MAR

Ó mar caudaloso de forte furor
Dá-me de volta o GIGANTE DE PEDRA,
Pois o tempo não se encarrega
De extirpar, parar a dor.
Que será do lençol de água cristalina
NO SEU LEITO DE FOLHAS VERDES,
Sem o acalanto do filho ilustre
Tragado com triste sina.

Ó mar revoltado, sem coração
Saiba que SE SE MORRE DE AMOR,
Imagina de saudades,
Não há comparação.
Que será do sertão, doce caatinga
Onde se ouve o CANTO DO GUERREIRO,
Sem o menino caixeiro,
Como baralho sem coringa.

Ó mar grandioso de onda pujante
NÃO ME DEIXES por ti nutrir rancor
A audácia de nos tomar Gonçalves
foi atitude arrogante.
Que será de vós, sem os cantos
Sem OS CANTOS que será de vós
Oceano terrível, pélago revolto
Menos nobres nomes quantos?

"Homenagem ao poeta Gonçalves Dias"
Letras em Maiúsculas: Meus poemas gonçalvianos preferidos, sem esquecer, é claro, o mais querido de todos: CANÇÂO DO EXÌLIO.

Euclides Marques
Enviado por Euclides Marques em 12/09/2012
Reeditado em 12/09/2012
Código do texto: T3878494
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