Meu Pai, Fonte de Inspiração.
PAI.
Indiscutível é o teu valor.
Por ser chama incandescente nos labirintos da vida de tua extensão.
Por ser grito de alerta na escuridão da alma de teu discípulo.
Por ser grande na compreensão dos que te respondem como amigo.
Pai.
Como não compreender tua filosofia?
Teus ensinamentos,
Que de tanto referendarem o amor entre as pessoas,
Transcendem as etiquetas
Apregoadas por religiões e sectárias seitas.
Pai.
Quando nos encontramos em palavras, atos e reflexões.
Deparo-me diante o perceber que Deus é real.
E esse manifesto de sua presença.
Denuncia que habitamos nas entranhas.
De um reino carente de igualdade social.
Pai.
Para que serve tanta oração,
Se a mente do homem não se ajoelha em consonância com seu gesto?
Para que serve tanta oblação,
Se o que o homem persegue é a ganância pelo lucro,
Mesmo que tenha que sucumbir os valores do irmão?
Por tudo isto, pai.
A consciência de transcendermos conceitos e estereótipos.
Burlarmos preconceitos inibitórios
De que exploremos o desconhecido.
Para que nos deliciemos do doce sabor do exótico.
Nessa “via-crúcis” insana.
Preferível é me ver, na maviosidade de teu espelho.
Reflexível é te ler, na iluminosidade de tuas centelhas.
Excelsos valores da vida humana.
Assim, aprenderei a te amar mais.
Valorizar-te mais.
Dando azos ao meu espírito perspicaz.
Berço de ilusório amor fecundo.
Quiçá, no futuro,
Peça fundamental, salvatéria do mundo.
Meu pai, meu amigo.
Marizópolis – PB, 10 de dezembro de 2006.