Fabriciano, Nossa Terra, Nossa Gente

Há quanto tempo? Tão pouco tempo. Apenas um povoado com o nome de “Calado”. Seus habitantes? Pessoas simples, vindas de cidades e logradouros vizinhos. Principalmente da cidade de Antônio Dias, a quem pertencia esse pequeno povoado. Pequeno, é verdade, mas já demonstrava a força de seus moradores. Em sua maioria, simples “carvoeiros”, pois o carvão vegetal era o principal produto de grande comercialização da época. Tinha também os “tropeiros”, que transportavam no lombo de animais, o carvão para outras cidades, e quando retornavam, traziam todo tipo de bens, objetos e mercadorias diversas, que eram repassadas aos pequenos e aos que já se destacavam como grandes comerciantes.

Quanta gente veio somar e ajudar o povoado a crescer. “Calado, Caladão, Caladinho”. Poderia ser qualquer outro nome. Porém, a cidade foi batizada com o nome de Coronel Fabriciano, em homenagem a um cidadão simples vindo da cidade de Antônio Dias. Um cidadão simples que, com sua força de vontade e perseverança tanto contribuiu para o progresso e crescimento da cidade. Assim como ele, tantos outros que lutaram para a emancipação da cidade.

Esse acontecimento tão importante e coroado de êxito teve seu desenrolar através de muitas dificuldades. Homens que se empenharam para que essa pequena comunidade, que já começava a tomar rumo, tivesse vida própria. Essa data é comemorada no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade.

Coronel Fabriciano, um pedaço de terra escondida nos rincões da nossa grande Minas Gerais. Uma terra rica em vegetais, minerais e toda espécie de vida. Uma verdadeira dádiva para os que aqui chegavam. Grandes matas, lagoas, mananciais e ainda o rio Piracicaba, extenso e caudaloso. Um verdadeiro pulmão verde, onde se respirava o ar puro da mata ainda virgem e podia sentir-se o cheiro da natureza.

A ferrovia Vitória a Minas, depois CVRD que cortava toda a região, contribuiu de maneira expressiva para o progresso e crescimento, não só da cidade, mas da região como um todo. Levava sobre os trilhos vagões carregados com minério e carvão. Transportava em vagões apropriados, pessoas que vinham de toda parte, na expectativa de vida melhor.

Hoje, olhando o que vejo, penso naqueles que foram os pioneiros, que construíram parte da nossa história e, torna-se difícil enumera-los, devido o risco de ficar alguém de fora. Mas, a todos, fica o agradecimento dos mais jovens pelas conquistas e o legado histórico que deixaram. E cabe a cada um de nós continuarmos fazendo a história de Fabriciano, nossa terra, nossa gente.

Wilcaro Pastor
Enviado por Wilcaro Pastor em 06/03/2007
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