CONSTRUTOR DE SONHOS
Poesia e geometria combinam
Se o mestre é dado à mágica
como Niemayer foi.
Poeta das Curvas
suaves, do bem estar,
do olhar curioso, calmo
e mineiro
que bailava no espaço.
Até acomodar-se nas retas planas
de um projeto de amor.
Poeta de minha infância.
Anos e anos de construção
que deu certo,
Sem desconstrução de seus esboços.
No planalto, do passado,
somente os arcos no horizonte.
Onde pousar os pássaros.
E deitar os sonhos
de um futuro grandioso.
Foi o poeta do passado
que continuou fiel
à sua meta
- do novo, grandioso.
Só o tempo passou.
As gerações mudaram.
Até que ele, há pouco, partiu.
Para colorir de blocos brancos
o azul de harmoniosas melodias.
Assim, ficou uma elipse no planalto.