CONSTRUTOR DE SONHOS

Poesia e geometria combinam

Se o mestre é dado à mágica

como Niemayer foi.

Poeta das Curvas

suaves, do bem estar,

do olhar curioso, calmo

e mineiro

que bailava no espaço.

Até acomodar-se nas retas planas

de um projeto de amor.

Poeta de minha infância.

Anos e anos de construção

que deu certo,

Sem desconstrução de seus esboços.

No planalto, do passado,

somente os arcos no horizonte.

Onde pousar os pássaros.

E deitar os sonhos

de um futuro grandioso.

Foi o poeta do passado

que continuou fiel

à sua meta

- do novo, grandioso.

Só o tempo passou.

As gerações mudaram.

Até que ele, há pouco, partiu.

Para colorir de blocos brancos

o azul de harmoniosas melodias.

Assim, ficou uma elipse no planalto.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 13/12/2012
Reeditado em 15/05/2013
Código do texto: T4034096
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