AMARCORD E FELLINI

Querido poeta da imagem

Onírico poder de sonoridade

Evocação de infância e

do inesperado.

A fábula que fala por si só

em volumes e cores

Quadrantes quadris

gestos esmaecidos na bruma

noturna do tempo.

Desnecessários tema e diálogos

Só fantasia trabalhada

Na arquitetura dos acasos

No resgaste do que foi um dia.

O velho que se reveste

em novo argumento

do ainda.

Caixinhas de roupas,

Infantil olhares, e

cumplicidades expostas

Fôlegos suspensos.

Surpresas que prendem

em algum cômodo da cena

Tantas estrelas

e uma só

Tela mágica.

Atemporalidade e susto

Nova forma de ver

e entrever-se no inesperado,

na leveza das tampas

de objetos

Nas destampas de palavras

e análises.

Suas obras gritam

o silêncio,

mas respingam emoções e vivem

preciosas recordações de infâncias

em preto e branco

afloradas no colorido AMARCORD.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 06/03/2013
Reeditado em 11/10/2017
Código do texto: T4174582
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.