"A Pena e o Pergaminho"

Nossa singela homenagem ao 14 de Março dia Nacional da Poesia.

"...As verdades libertam não por serem absolutas e sim transitórias.

Sob o olhar do poeta as verdades são as energias que emanam do cosmo o transformando em vetor das palavras, que transformam a bela em musa.

Onde ela usa e abusa do seu universo eternizando-se num poema.

As liberdades contidas no bico da pena do poeta, não são inteiramente plenas por serem absolutas e sim por serem verdadeiras.

As palavras contidas no poema podem nos refrescar como brisa ou ter efeitos de forte tempestade.

Perene a poesia deságua no nosso ser e nos inunda de energia.

O Poeta pode até encantar mas não é encantado.

Ele chora, sente dor, fome e tristeza.

Mas, tudo isso ele transcende e narra com infinita beleza as suas dores, sejam dores do mundo ou de amores.

Ele consegue despir a bela dona sem tirar-lhe se quer uma peça de roupa.

Instiga a sentimentos e desejos através da sua palavra.

Rouba beijos sem tocar os lábios, faz arrepiar a pele num frenesi maravilhoso.

Orvalha a flor da musa direcionando-a ao gozo, transformando sua leitura em unica, magica, bela.

A poesia pode ser singela mas nos penetra feito flecha, atingindo em cheio a brecha de um rochoso coração.

Transformando-o em um coração de gente, latente e cheio de emoção..."

("A Pena e o Pergaminho", by Carlos Ventura)