Vovô Carmino, saudades

Neste domingo, 17 de Março, Vovô Carmino foi se deliciar nas maravilhas do Céu. Que Deus o julgue de forma doce. Que o Senhor Jesus, ilumine. E que Mãe Maria interceda por ele. Meu avô, que era pai, tio, primo, amigo e irmão de qualquer pessoa que se encontrava em seu caminho. Ele que me contava casos sobre suas experiências de vida. Meu avô, que saudade, é difícil acreditar que o senhor tenha ido... embora, que um simples minuto nos separa pra sempre. Você que sempre fez questão de me dizer que a alegria não deveria sair dos nossos corações, mas sim transbordar. O senhor que vivia tranquilo e alegre, era forte, levantava e derrubava qualquer peso. Sei que foi feliz, pois sabia que com a morte não tinha como lutar. Você que não tinha medo de nada, que era intenso e não fazia questão de tristeza. Você que andava apaixonado pela vida, pela vovó Olga e por todos. Que gostava de cantar e ver o mundo com um sorriso no rosto. Nunca vou me esquecer de que a música é o melhor remédio. Na verdade, vou ouvi-las e me lembrar de ti. Você que vivia cheiroso e arrumado, que andava todo bonitão. Meu avô, uma coisa eu te digo, eu não to triste não, porque sinto que está feliz. Eu estou com saudade, muita saudade e isso sempre vou ter. Eu sei que não gostaria de me ver triste. Meu avô, até agora não acredito que esteja longe de mim, e na verdade nunca vai está, pois te levo em meu coração e daqui meu avô, você nunca sairá.

Foi estranho te ver uma última vez, Vô. Você não era o mesmo de sempre. Continuava fazendo graça, mas foi diferente. Eu me sentia estranha também, mas um sorvete nos uniu e permitiu que eu pudesse o ver. Se eu não tivesse tomado aquele sorvete talvez eu nem me lembrasse de como foi a última vez que te vi em vida. Ou me lembrasse, só um pouco no bar. Foi muito bom poder ouvir a sua voz, e poder me abençoar para que eu possa ter a sua força daqui pra frente. Te amo vovô.