O velho Chico
Lá na canastra em Minas
é onde nasce o velho Chico
Que chora pro norte
tão manhoso e tão arisco
Embelezando a Bahia
tão retumbante e façeiro
Como a baiana esguia
que encanta o forasteiro
Com curvas estravagantes
que acolhe de bom grado
o velho barco pesqueiro
Lá vai o velho Chico
molhando o pernambuco
potente como o tufão
Em Alagoas ele chega
cantando sua velha canção
Que na cachoeira responde
fazendo um belo refrão...
Corre,corre, velho Chico
molhando agreste e sertão
fazendo a margem ser fértil
dando alegrias ao caboclo
mandando luz pro povão
Em corredeiras ele segue
veloz ao encontro do mar
bem satisfeito indomável
cumprindo a sua missão...