Num plano onde a imaginação já não é mais teu guia
A esperança te toma pela mão e dança contigo
Demonstrando os simbolismos que você prega
De forma infanto-adulta aos seus súditos.

Quem não te admira, Princesinha
Quem ousa ir contra tuas tolas vontades
Poder deleitar-se com seu jeito meigo e cúmplice.
Nos faz meros adoradores de sua inocência.

Ainda uma menina, que muitos amam
Uma mulher que poucos conhecem
O pequeno frasco de tua essência é grande
Perante esses inúteis performáticos que pertencem ao teu mundo.
Que não conhecem onde habitam
O verdadeiro e intenso favo do mais puro amor.

Pudera eu, um dia quem sabe te dar o que tu busca
Um castelo de cristal fino e frágil
E repleto da excêntrica e saborosa liberdade
E alegria de vida que habita em teus olhos.

Pudera eu, ter te gerado no meu ventre ilusionário
Onde de uma forma casta pertence a mim
Por forma que a maternidade me visitou
Faz-me sentir que já habitaste em mim
Sendo uma filha desenhada e idealizada em meus íntimos sonhos.
O fruto do amor mais puro que possa existir entre duas pessoas.

Uma amizade.
Onde a intensidade desse sentimento te comove.

Posso ser teu porto seguro
O teu colo de mãe quiçá moldurada
O muro de tuas lamentações
A mão que te dá abrigo e te abraça
A voz autoritária que te mostra a realidade
E o canto que faz adormecer.

Mas que uma criança, tu és uma mulher
Com desejos
Tuas duvidas
Tuas raivas
Teus calafrios
Tuas fraquezas.
Tuas entregas
Tua vida. Cheia de dores, mas com futuras alegrias.

Onde o pouco que me deixar-te invadir
Faz-me sentir uma confiança fiel
Sabendo que mesmo no erro sei que
Serei ao menos escutada

A forma que tu és minha pequena
Te envolve com os problemas de quem tu ama
Te transforma no ser iluminado que tu és
Onde jamais que se ousar pensar em ti
Sente por obrigação agradecer o fato de tua existência.

As lágrimas que já derramaste nessa vida
Já não existem mais perante a ti
Apenas o cristal que ainda envolve teu coração
Chora por medo de ser quebrado
Mas tenha a ciência que muitos podem vir a te consolar
Mas poucos a te ajudar.
Pois as vaidades meticulosas dos humanos
Ainda não conseguiram alcançar a divindade que possuis.

Num segundo plano, onde consegues aparecer
O ser incondicional que és
Vive e reina em busca do respeito ao Deus
Onde todos somos filhos do mesmo Pai
E tu és abençoada e destinada
A quitar as contas do amor pagão dos que te amam.

Assim te revelo a ser a dona dos sonhos
Dos mais inusitados admiradores
Onde a pequena e frágil Princesinha
É uma mulher graciosa e forte
Capas de agüentar as dores mais profundas
Onde o balsamo do consolo te espera de braços abertos
Sabendo que seu porto seguro, mesmo venerável, nunca falhara contigo.

Assim me despeço
De forma simples e corriqueira
Por apenas dizer: “Obrigada por existir,
e deixar nos meros mortais pensantes inebriarmos com sua doce vida.”


Dedicado a Natalia Pereira.
 
 
 
 

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 15/06/2013
Código do texto: T4342838
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