Liz luz

Não sei se pelas suas joias ou mesmo por sua beleza divinal, o fato é que Elizabeth Taylor era uma das estrelas mais cintilantes do céu de Hollywood. Dona de um par de olhos que fugiam as regras da biologia, nos brindando com duas esferas violetas, devidamente sombreadas por cílios longos e sobrancelhas grossas. Um rosto angelical que ao mesmo tempo trazia uma “selvageria” discretamente disfarçada por um sorriso meigo. Que mistérios estavam escondidos nas formas aveludadas daquela bela face? Vá lá, como não cair na tentação daquelas pernas que ela veste sensualmente com meias finas no genial Gata em Teto de Zinco? E o que dizer dos torneados e, não menos atraentes, “seios apocalípticos” bem definidos por seu eterno amante, Richard Burton?

Como mulher, Liz soube bem utilizar seus dotes genuinamente femininos, para enlouquecer os mais românticos e fazer babar os mais atrevidos. Quem não desejou, acalentando no seu mais profundo íntimo, carregar uma Taylor desmaiada em seus braços, assim como fez Rock Hudson no clássico Giant?

Como atriz, ganhou dois Oscars merecidos, apesar de alguns afirmarem o contrário. Foram dois papeis completamente contrários que lhe renderam o direito de entrar no patamar das Divas premiadas. De prostituta de luxo em Disque Butterfield 8 a uma histérica excêntrica em Quem tem medo de Virgínia Woolf. No meio desses dois extremos, ficaram mocinhas do interior, amantes quentes e meninas levadas. Foi intensa na arte, assim como na vida. Casou-se oito vezes, amou poucas. Teve amigos famosos, o belo Montgomery Clift a quem pediu em casamento, mas esse não aceitou. O charmoso James Dean, amizade que durou pouco devido à morte precoce do ator. O belo e alto Rock Hudson, amigo de toda uma vida, levou Liz a iniciar uma campanha de repercussão mundial em busca da cura da SIDA, doença que levou o ator a morte. Grande amiga, mulher fatal, última grande diva, viveu cada dia como se fosse o último. Liz nos deixou, mas seu legado durará para sempre. A mulher que levou nossos avós a lotar os cinemas, que levou nossos pais ao delírio, que deixou nossas vós e mães enciumadas, está habitando a constelação eterna, onde está protegida por Deus, assim espero.

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 23/06/2013
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