Dominguinhos

Recife enterra um Ilustre filho

Páginas que as horas vão desenhando sem a dose dos segundos exatos, e então a voz não toca o som e seus dedos não percorrem a sanfona...

Dominguinhos de fevereiro para o Mundo, o filho Ilustre brilha em cada espaço que sua música pulsar a Felicidade do homem do campo do sertão da cidade!

Quando os olhos não puderem mais ouvir e os ouvidos não souberem distinguir a dimensão de sua Estrela, quando isso acontecer é por que: (1) “O candeeiro se apagou / O sanfoneiro cochilou... SIM, é isso mesmo... cochilou... todo cochilo é leve, breve, basta uma nota para O Ilustre filho “pegar o sol com a mão”...

A pausa de Dominguinhos é tão leve como um grão de areia retirado da praia.

Luiz Gonzaga revelou em nobre apresentação a força viva vinda do solo seco que transborda um fluxo constante de arte, e seu riso fácil não deixou apenas já saudade, mas também a certeza que o som de sua sanfona é de uma bravura rara de solo forte e em estações e séculos seu som aja água aja sol está Vivo em nossos olhos.

(1)Forró no Escuro Dominguinhos

José Domingos de Morais (Garanhuns, 12 de fevereiro de 1941 — São Paulo, 23 de julho de 2013)