UM DIA DE PARABÉNS!

UM DIA DE PARABÉNS!

“Não mais vamos ter medo de ficar pobres porque ajudamos o nosso semelhante. O valor das coisas do mundo passa a ter um peso diferente, transitório... Nossa mão permanecerá sempre estendida para os necessitados, embora nos precatemos contra a mendicância nociva e profissional”. (Lourdes Carolina Cagete).

Dia 25 de setembro é o dia do rádio. Um dia em que todos os brasileiros deveriam comemorar, visto que o rádio é o amigo leal de todas as classes sócias e, a sua presença, seja onde for é quase que indispensável. Escrevemos um livro para homenageá-lo e demos o título de “Sua Excelência o Rádio”. Nesse momento cultural contamos de per se todas as nuanças desse grande invento, um dos maiores da humanidade. A história do rádio é muito importante apaixonante e tem nuanças especiais. Complexa e ao mesmo tempo atraente, é uma verdadeira enciclopédia a disposição de curiosos, dos que amam, e gostam desse invento fenomenal.

No entanto, pesquisadores, colecionadores estudiosos da radiodifusão preferem como veículo divulgador a Internet, por tornar mais fácil, accessível e mais barato a divulgação. Mas para contrariar os que pensavam assim, o rádio entrou no campo da Rede Mundial de Computadores, vestindo a camisa com todo gás possível fazendo sucesso e levando modismo a esse meio de comunicação. “Sua Excelência o Rádio”, surgiu de uma homenagem ao dia dos pais, onde fizemos matérias como titularizações parecidas. A reportagem é uma das partes em que o profissional do rádio tem que estar bem preparado para executá-la.

A reportagem radiofônica se reveste de uma importância fundamental. Muitos cuidados devem ser observados durante uma entrevista. Para isso, se faz necessário a presença de um jornalista na coordenação das programações. O profissional do rádio chama-se radialista e sua importância para o sucesso de sua empresa de comunicação é fundamental. Ética, compromisso com os ouvintes e interação são pontos que não podem ser distorcidos. Convém salientar que no de 25 de setembro, data de nascimento de Roquete Pinto, considerado o Pai do rádio no Brasil, se comemora o dia do invento. Em 1923, Roquete fundou a primeira emissora do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Era uma fase experimental do veículo, sem grandes avanços tecnológicos. A primeira transmissão radiofônica em terras brasileiras, no entanto, já havia ocorrido no ano anterior, mais precisamente em 7 de setembro de 1922, na comemoração do centenário da independência brasileira.

Na ocasião, uma estação de rádio foi instalada no Corcovado, no Rio de Janeiro, para a veiculação de músicas e do discurso do então presidente Epitácio Pessoa. Convém divulgar que numa emissora de rádio séria e com teor de programação jornalística todos fazem o papel de repórter ou são repórteres. Essas nuanças podem ser banalizadas desde o “proprietário da emissora”, a quem está ou não diretamente ligado a captar e produzir notícias. Na história do rádio podemos destacar muitos fatos importantes, figuras exponenciais como os pioneiros do rádio ou da história do rádio. Realmente o rádio nunca deixará de ser uma paixão alucinante, mesmo agora que estará passando da fase analógica para a digital.

Na realidade o rádio apaixona e muita das vezes, vicia. É uma paixão deslumbrante, alucinante, é um casamento feliz, com direito a convidados e honrarias. Sempre gostamos do rádio e buscamos inspiração nele. Da fase de criança até os dias atuais, o rádio passou por transformações e as grandes marcas praticamente sumiram do mercado e servem a psicosfera brilhante dos colecionadores. Às vezes indagamos: aonde encontrar rádio(x) ou rádio (Y) que nos transmitia com perfeição fabulosa, principalmente os portáteis? A Regency, que lançou no mercado o primeiro rádio transistorizado, e aqui queremos enunciar a importância do engenheiro mestre dessa empresa, Dick Koch criador do circuito chave que pôs o rádio no mercado.

O rádio Echophone S3, segundo dizem os manuais é o primeiro modelo de rádio Capelinha. A televisão surgiu tornando-se companheira do rádio. O rádio e a televisão têm sido de muita utilidade para a população brasileira e mundial. Vemos com certa tristeza o desvirtuamento de finalidades das duas grandes invenções da humanidade. O rádio possui 70 anos de história no Brasil. “A invenção do rádio é creditada ao inventor e cientista italiano Guglielmo Marconi, nascido em 1874 na cidade de Bolonha”. Desde menino demonstrando interesse pela Física e Eletricidade, Marconi foi o primeiro a dar explicação prática aos resultados das experiências de laboratório anteriormente realizadas por Heinrich Hertz, Augusto Righi e outros. Pelos resultados dos estudos de Hertz, Marconi concluiu que tais ondas poderiam transmitir mensagens e, assim, em 1895, fez suas primeiras experiências, com aparelhos rudimentares, na casa de campo de seu pai.

"Aqui na terrinha um grande estudioso, padre Roberto Landell de Moura, gaúcho de nascimento, é considerado pelos brasileiros como o inventor do rádio, visto que com suas experiências conseguiu suplantar Marconi, pois teve a proeza de transmitir a voz através de seu invento, enquanto Marconi, apenas sinais”. O pai da radiodifusão no Brasil coube a Roquette Pinto. Conhecido como um dos principais antropólogos do Brasil, Edgard Roquete Pinto, "o pai do rádio" no país, demonstrou grande interesse em relação aos meios de comunicação, em especial ao rádio. Em situação embrionária no Brasil, Roquette previu imediatamente o seu uso como um difusor de cultura popular.

O sucesso da primeira irradiação no Brasil, em 1922, durante as Comemorações do Centenário da Independência, realizada no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, transmitindo o discurso do então presidente Epitácio Pessoa, foi à gota d’água para os planos da primeira emissora brasileira, embora na cronologia da comunicação eletrônica de massa brasileira o surgimento do rádio no Brasil seja marcado com a fundação da Rádio Clube de Pernambuco por Oscar Moreira Pinto, no Recife, em 6 de abril de 1919. Alguns desses enunciados foram citados nas entrelinhas desse texto. (Grifo nosso)

No Ceará, a proeza coube a João Demétrio Dummar. Há um quê dos personagens de ficção na trajetória de João Demétrio Dummar. O cearense, que nasceu na Síria no início do século passado, que migrou com a família para o Brasil, que passou por Belém, que chegou ao Ceará aos sete anos, que viveu parte de sua juventude no Crato, que honrou a tradição do homem de negócios e que se tornou, ainda na década de trinta, um empresário de comunicação. Isso quando sírios e libaneses ainda nem sonhavam em se tornar personagens simpáticos e bonachões nos romances de Jorge Amado. João Dummar era simpático – registro feito por familiares, companheiros de trabalho e amigos – e tinha o que hoje chamaríamos de determinação de empreendedor.

Um pioneiro que conseguiu ver uma fresta no futuro do Ceará dos anos 20. Um negociante, dono de seu próprio negócio ou firma – como se costumava dizer –, que percebeu o potencial do advento da radiodifusão e só se deu por satisfeito quando fundou a Ceará Rádio Clube em 1934, "começando a difundir a arte e a música para todo o Estado". Como se vê, o rádio tem lindas histórias para ser contadas; bem como a televisão, um dos objetos mais utilizados no mundo. Hoje em dia é difícil encontrar uma residência que não possua um aparelho de televisão, embora já existisse desde 1926. A televisão foi inventada por John Baird, um escocês. No entanto, a partir de 1934, quando Vladimir Zworykin, um russo, foi viver nos EUA, criou o iconoscópio, quando surgiram as primeiras aplicações práticas. (Grifo nosso).

O iconoscópio permitia decompor uma imagem em milhares de pontos convertidos num sinal modulado. A publicidade surge em 1º. De março de 1932, pelo Decreto nº. 21.11, que estipula o máximo de 10% de veiculação comercial sobre toda programação da emissora. O elenco fixo no rádio surge pelos idos dos anos 30. Surgem os artistas exclusivos, as radionovelas, programas humorísticos e programas de auditórios. Surge então à comunicação de massa em 1940, no Estado Novo, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, alça o rádio à condição de veículo de massa, conforme o gosto dos ouvintes, sempre na busca excessiva dos grandes comerciais. (Grifo nosso).

A radiodifusão é uma palavra de nossa língua equivalente em inglês a broadcasting, cuja sinonímia está relacionada a algo como semear aos quatro ventos. É isso que o rádio faz a emissão de sinais através de ondas eletromagnéticas. Existe diferença entre rádio e radiodifusão? Sim. Rá de radi (o)-1 + difusão, televisão e rádio, Transmissões por meio de ondas radioelétricas, de notícias, programas, etc., destinada à recepção pública. É o desenvolvimento natural que um grande invento pode oferecer aos seus aficionados. Mesmo homenageando o rádio não poderíamos esquecer alguns detalhes aqui enumerados. Lamentamos que nos dia de hoje o rádio tenha se tornado um veículo desvirtuado da cultura e se tornado objeto de comércio e de renda para muitos permissionários que detém concessões radiofônicas.

O profissional da comunicação sofre com esses detalhes, pois não pode exercer sua função com dignidade, visto que o vil metal influi na função do radialista. Horários alugados ou vendidos a peso de ouro transformam as emissoras de rádio em comércio ambulante e a qualidade das programações decai a cada dia que passa. Queremos ver um rádio grande, de qualidade e com profissionais gabaritados para exerceram as funções de profissionais da comunicação e que nessas programações não estejam presentes a pornofonia e a pornografia. Programações com excesso de publicidades e poucas notícias não é de bom alvitre para a comunicação. A publicidade pode ser a alma do negócio, mas o exagero pode ser prejudicial.

Parabéns ao rádio no dia consagrado a esse grande invento e esperamos que ele cresça ainda mais, pois suas mudanças, suas tecnologias estão ressurgindo e em breve o rádio passará da condição de analógico para digital. Será um avanço tecnológico de alta potencialidade e que colocará o grande invento da humanidade num patamar bem mais alto, o lugar que ele possa voltar a transmitir programações culturais e qua à apelação não se insira e sim rejeitada por aqueles que dirigem grades de programações. O fiel escudeiro sempre estará aposto a qualquer ser humano, independente de raça, condição social e religião. Parabéns ao rádio! Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE- DO PORTAL CEN E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 26/09/2013
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