A DITADURA DOS PÚLPITOS

A DITADURA DOS PÚLPITOS

A sociedade sempre abominou todo regime que oprime e limita os direitos do ser humano.

Conhecemos tantos modelos de opressão, desde as eras mais remotas, entretanto algumas sociedades ainda insistem em por em prática essas filosofias, tendo sempre em vista a manutenção de privilégios de castas ou de correligionários.

Impérios, reinados, comunismo, nazismo, fascismo, todos eles surgiram como forma de resolver os problemas que a humanidade anseia em vê-los solucionados.

A democracia é um regime que, supostamente atingiria os reclamos da sociedade e tem surtido efeito em algumas sociedades como o mais eficiente quando é devidamente exercida.

Entretanto, mesmo no seio de algumas sociedades, supostamente democráticas, alguns grupos insistem em manter dentro de si os resquícios de filosofias falidas.

Dentro de uma delas impera a ditadura do púlpito, onde seus adeptos insistem em praticar ações que demonstram que não lhes interessa nenhuma democracia.

Nomeações oriundas do “puxasaquismo” aos seus superiores; realização de eleições em Comunidades não respeitando as lideranças natas, mas aos interesses dos detentores do poder; exclusão de pessoas por pensarem de forma diferente; não aproveitamento de pessoas com conhecimento tal que poderiam auxiliar as comunidades, enfim, pessoas são escolhidas por eleições “dirigidas”, dando-se preferência às “vaquinhas de presépio” para os fins almejados, ou seja o controle do poder.

Compreensível a renúncia de Bento XVI que, nas entrelinhas de sua fala, disse isto e muito mais, tais como busca de posições, de aplausos, do exibicionismo, do distanciamento das ovelhas e do próprio evangelho.

Que o Papa Francisco, com as luzes do Espírito Santo e as orações sinceras de seu rebanho, tenha sabedoria para purificar a Igreja de Jesus Cristo, assim como o fez o “Pobrezinho de Assis” e que seus colegas de púlpito possam, num “mea culpa” atender ao desejo de Jesus de ser um com Ele e o Pai, que visem mais o pastoreio de suas ovelhas e não a prioridade dos mestrados e doutorados, pois as ovelhas necessitam de pastores, não de mestres e doutores.

Que as palavras do Papa Francisco, que o Pastor deve estar com o rebanho, conhecer o cheiro e a voz de suas ovelhas, sejam ouvidas e postas em prática.

JOSÉ BENEDETTI NETTO – Licenciado em Direito e Ciências Religiosas

jose benedetti netto
Enviado por jose benedetti netto em 07/02/2014
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