Mães & Pães - Alimentam a Vida e o Corpo.

Quero homenagear as mães, mas não dentro daquele padrão pré- estabelecido, que observo desde pequeno, tipo: mamãe querida a flor de minha vida; ou ainda aquela mulher sofredora, que se sacrifica, deixa sua própria vida de lado, tudo pelos filhos. Estes são padrões criados dentro de uma idéia machista e eu diria mesmo escravocrata, mantidos dentro desta mesma mentalidade, a qual leva a muitas mulheres até hoje a ter jornada dupla de trabalho, a assumirem todos os valores e responsabilidades pelos filhos e a se sentirem vítimas de um destino implacável que as fez nascerem mulheres (domésticas), logo sujeitas a isto pelas leis divinas (feita por uma deidade masculina). Mulheres que se realizam vivendo através dos filhos e não tendo vida própria, são importantes na mesma medida que são vitoriosos os filhos, tristes quando infelizes eles são e assim por diante, até o ponto de aceitarem o errado por certo, para serem retos aos seus olhos de mães, os caminhos tortuosos que tomaram os filhos. À estas minha “sentida” Homenagem!

Venho prestar a justa e merecida, homenagem ás mães da atualidade, aquelas que compreendem ser seu papel o mais importante dentro da raça, o de sua perpetuação, mas que também compreendem ser um papel dos dois, homem e mulher todo o mais em relação aos filhos. Não cabe a um dar amor, tudo suportando em nome deste “amor” e ao outro manter a sobrevivência (material) familiar. Ambas as funções são e devem ser responsabilidade dual, compartilhada pelos casais. Não quero dizer com isto que sejam atuações iguais, longe disto, a forma de amar se já é diferente de pessoa para pessoa, que dirá entre homens e mulheres; entre pais e mães, tanto que são homenageados em dias separados e bem distante um do outro (coisas do comércio, mas ai é outro assunto).

Quero exaltar aquelas mulheres, que carregam em seus ventres o novo ser, tendo logo de início vários enjôos, tonturas e outros desconfortos, mas já ai transpirando amor e transmitindo-o ao feto. Aquele Ser Humano, que vê seu corpo perdendo as formas que tinha até então, muitas vezes conseguidas a custo de muito suor e esforço, mas acha bonito em sua ternura e amor, a causa destes fatos e, se olhando no espelho de frente, de perfil; sonha como será bom estreitar junto ao peito, intumescido de alimento, aquele Ser que está por vir. Aquela pessoa que com dificuldades em se ajeitar na cama, pois esta ou aquela posição, antes mais agradável, agora é desconfortável, se não mesmo impossível de ser mantida na hora do descanso, Descanso cada vez mais necessário, afinal não há coluna que suporte sem reclamar, envergar-se como um arco ao lançar seu dardo, dardo este que levará meses, chutando, socando e se virando (ao menos alguns prazeres para ela), antes de ser introduzido neste mundo.

Quero exaltar aquelas mulheres, as quais planejam cuidadosamente esta hora (sócio-eco-psicologicamente), seja com alguém mais ou mesmo sozinhas, para que assim possam dar a cuidado e atenção necessários à nova vida que colocarão em suas vidas, mas sem esquecer das que são pegas de surpresa, por descuidos ou descrença no que posa acontecer nas relações descuidadas, e em ambos os casos não ocorrem futuros lamentos e arrependimentos, só alegria e prazer pelo ato de ser mãe. Não falo aqui da parte material e sim da sentimental, pois só Amor trará o bem estar desta nova criatura porvir, mesmo antes que ela saiba dizer isto com palavras, sim com palavras, pois dizer diz claramente com o olhar, com aquele esticar dos bracinhos e até com aquele choro (as vezes manhoso) em busca do colo, do cheiro, do toque confortadores e significando segurança, carinho, Amor de Mãe.

Agora Homenagear, isto quero aquelas todas Mães, com maiúsculas mesmo, as quais se encarregam de encaminhar da melhor forma que podem aos pequenos e não tão pequenos, que estão em nosso planeta para sua jornada, usando não uma certidão de nascimento ou um certificado de adoção (coisa belíssima por sinal) como mostra de maternidade, mas um coração cheio de amor por todas estas criaturinhas sob seus cuidados. Estas são para mim a maiores e mais verdadeiras que conheci. Mães babas, Mães empregadas domésticas, Mães professoras, Mães serventes, Mães merendeiras, Mães de coração á todos os “filhos” que lhe são dados e de todas as formas!

“QUE DEUS AS CONSERVE E OS ANJOS AS GUIEM” é tudo que posso dizer.

PS. Que fique claro que conheci e conheço vários homens, os quais compartilham de tudo o que falei aqui, alguns até mesmo dos desconfortos físicos e desejos, Parabéns a estes poucos ainda, mas já existentes, Pais/Mães (Seriam, Pães?).