MÃE

MÃE

Dedicaram o segundo domingo de maio a você,

Escolheram um domingo, dia que a maioria não trabalha.

Para não terem a desculpa de não aparecer,

Para ver se nós filhos, iríamos esquecer,

Domingo dia de encontro familiar,

Dia de feijoada, churrasco, macarronada,

Dia de comer junto, de comemorar.

Dia dos filhos de longe, ao menos telefonar,

O que falar de minha mãe?

Da sua mãe? De quem é mãe?

De quem quer ser mãe?

Antes de hoje, antes deste momento eu nunca tive coragem de falar de ti,

Eu nunca fiz uma homenagem a você...

O que falar de minha mãe?

Eu tive duas mães, uma biológica e uma mãe.

Que me adotou, me criou me deu amor.

Quem é mãe sabe como é SER mãe,

Quem TEM mãe sabe da importância dela,

Quem não tem sabe muito mais a dor da ausência;

Em muitos domingos não falei, não desabafei.

A dor de ter duas mães e perder ambas,

A dor de ver tantos dizer “mamãe”,

E eu não ter a quem dizer

Tentei ser mãe de muitos para não chorar,

Para suprir essa ausência que insiste em chamar,

Quero chorar mais chorar aos quarenta dá o que falar...

Deus a abençoe minha querida,

Deus ilumine Dona Dorinha,

Deus auxilie a Sra. Pedrina,

Que me tirou lá da “china”, que á sua maneira me criou,

Livrou-me de um destino triste, me adotou.

Martiniana Ferreira 13-05-2007

Martiniana Gomes Silva Ferreira
Enviado por Martiniana Gomes Silva Ferreira em 13/05/2007
Reeditado em 08/05/2021
Código do texto: T486027
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