Dia do Escritor...

Acredito que nenhum acontecimento é mero acaso, tampouco resultado de uma única ação...
Um conjunto de fatores, culminam num acontecimento.

Creio que as perdas da última semana, deixaram-me um tanto atrapalhada. Necessito, primeiramente, ruminar a dor, ajeitá-la dentro do peito, para depois falar sobre...

Também, não dei-me conta... desculpem-me a sinceridade, não sou muito ligada nessa questão do "Dia D" e, hoje especialmente, é o "Dia do Escritor". Mas, ao receber inesperadamente, uma carinhosa e criativa, homenagem do querido amigo Emerson Braga, diria minha mãe: 'caiu em si',  sim, voltei à realidade...

Pois é, estes são alguns fatores que me fizeram perceber, que apesar de, preciso dizer, que dia incrível...

Dia de, merecidamente, homenagear aquelas pessoas que fazem da 'Escrita' o seu viver...
Aliás, a Escrita é a própria vida do escritor, da escritora...
Portanto, rendo minhas sinceras homenagens a estas vidas que vão impregnando o mundo de sentido, com a arte de dizer...

A arte de dizer das coisas simples e,
Ao dizer das coisas simples, encantadoramente, fazer arte...

Obrigada nobres escritores!
Benditas mãos que escrevem!
Benditas mentes que escrevem!

Escrevem porque pensam, porque sentem... e, especialmente, por sentirem encorajam-se ao sublimar, dizê-las...       
Obrigada, escritores!

Já imaginaram que triste e acinzentado mundo seria, sem a beleza e a sensibilidade de dizê-lo?
Ah, seria deveras triste, senti-lo sem dizer...

Imaginem o que seria da lágrima, sem o poema da dor, e o que seria da poesia sem a pulsão do amor?
Ah, não cantariam os versos... não chorariam as palavras, quiçá ririam as letras...
Ah, seria como desejar poetar sem outros verbos conjugar...

Ora,  haveria como falar de brasilidade sem Suassunar? 
Ah, desistiria...
Como haveria de João Ubaldar sem a sua Ribeironia?
Ou cantar Rubem Alves sem o borboletear de sua poesia?
Ah, inútil seria...  

Oxalá, nobre escritor, tenhas na chuva do inverno a inspiração da ausência do Sol e, nos dias de incandescente calor, a brisa suave em teus versos a refrescar o verão...

Oxalá, colega amigo, amiga, na doçura do teu verso ou na acidez da tua indignação, seja a tua palavra a preencher os vazios, a aquecer os frios e a beijar corações... 

 
Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 25/07/2014
Reeditado em 25/07/2014
Código do texto: T4896731
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