DOCE SAL
Tua voz e teu canto de poeta triste
Entoado em versos de pura beleza,
São verdades ditas com real crueza,
Que doem às vezes...Que em sentir consistem...
Nunca te calastes ante as agruras
Da tua vida frágil, aprisionada.
Nunca te resignastes prosternada.
Levantastes, vestistes armadura!
Tempero do versejar... Doce Sal...
Ceifou-te-nos o destino falaz.
Mas teu poetar único, sem igual,
Ficar-nos-á como grande bandeira
Desfraldada, saudosa e sobranceira...
Ficam-te os versos e o canto inda mais...
* * *
(À poetisa e amiga Olímpia Salete Rodrigues (Sal) que faleceu em 21/05/06 - http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=2415)