O Canário

A poesia na sua essência, não segue escola literária. O Homem rude que aprendeu a cantar o cotidiano, que descobriu a poesia dentro do coração, que tocou forte a emoção dois Boieiros, fez poesia de grande qualidade. Popular, entendível, regional... Comandou entre tantos estilos e sotaque, um dos maiores Batalhões da cultura Maranhense, sempre houve um dúvida: Maracanã ou Maioba? Talvez nunca se saiba, mas os Comandantes, Humberto de Maracanã e Chiador da maioba, São sem dúvida nenhuma, expoentes dessa manifestação cultural. Adversários? sim, pois o ato de ser cantador, implica na peleja dos versos, na graça e aparente deboche pelo opositor, contudo, amigos,, defensores apaixonados pela arte de aboiar . Humberto nos deixa, mas deixa também um legado que jamais será esquecido.

" Maranhão, meu tesouro, meu torrão

Fiz esta toada, pra ti Maranhão

Maranhão, meu tesouro, meu torrão

Eu fiz esta toada, pra ti Maranhão

Terra do babaçú

Que a natureza cultiva

Esta palmeira nativa

É que me dá inspiração

Na praia dos lençóis

Tem um touro encantado

E o reinado

Do rei Sebastião

Sereia canta na proa

Na mata o guriatã

Terra da pirunga doce

E tem a gostosa pitombotã...

E chegando no céu encontrarar o não menos poeta Coxinho, que o receberá com versos e cantoria .

Lá vem meu boi urrando,subindo o vaquejador,deu um urro na porteira,

meu vaqueiro se espantou,o gado da fazendacom isso se levantou.Urrou, urrou, urrou, urrou meu novilho brasileiro que a natureza criou.. E viva Humberto.