HISTORIA DO TAXI III RENOVAÇÃO DO ALVARA... CUIDADO COM O BOI

Seu Valdemar foi até a prefeitura efetuar a renovação do alvará de seu taxi, chegando lá e depois de aguarda um bom bocado, chegou enfim sua vez, o fiscal então se aproximou do carro deu uma visualizada básica na lataria e já foi condenando.

- Olha, o Senhor terá que mandar soldar as longarinas, trocar este retrovisor que esta trincado, e dar pelo menos uma demão de tinta, trocar o extintor que esta vencido e se possível mande dar uma reformada nos bancos... Entendeu, assim que fizer estes procedimentos volte aqui que liberamos a renovação do seu alvará.

O carro já tinha quase vinte anos, provavelmente jamais havia sido reformado, o que se esperar de um veiculo com este perfil.

Seu Valdemar depois de ouvir atentamente o fiscal fazer suas exigências, deu mais uma olhada dos pés a cabeça para aquele burocrata, como quem quer dizer, “esse cara não percebeu que esse é o meu ganho pão, e que as coisas não estão fácil”, parou mais um pouco, fitou os olhos nos documentos que o fiscal acabara de lhe entregar e voltando-se para o fiscal disse-lhe:

- Eu sei por que vocês não querem liberar meu alvará, e completou dizendo. É por causa da cor.

Quando me contou isto, como não tenho muito malicia não entendi o que tinha a ver a cor do carro, então lhe pedi que me explicasse, ele então me disse:

- Você é besta mesmo, deveria é dar graças a Deus pelo fiscal não ter entendido o que eu quis dizer, por que se tivesse entendido, teria percebido que eu teria lhe chamado de corno uma vez que o carro é vermelho, e quem não gosta de vermelho é boi.