Homenagem à poetisa e minha prima Maria Luísa Ferreira

Falecida a 10 do 07 de 2015

Era das estrelas o brilho,

luz de ternura e amor.

Seus poemas doce trilho,

encanto de bela flor.

Ceifou Deus mais um poeta,

alma bela do seu canto.

Perde a urbe Lisboeta

e santo António, o seu santo.

Seus poemas de ternura,

em que Lisboa é rainha;

Cantar o fado é ventura,

dessa Lisboa alfacinha.

Bem perto da Madragoa,

junto ao elevador da BICA;

Ela sonhava Lisboa,

no pregão da “fava rica”.

Mas...

Se um poeta se calou,

outros se vão levantar;

O fado que se cantou,

se voltará a cantar.

Minha prima foi destino,

sua ausência minha dor.

Ouvi-te desde menino,

que ao mundo tinhas amor.

Luisinha a poetisa,

menina bela e prendada;

Foi ela a sacerdotisa,

hoje apenas recordada.

Passou as sete colinas,

do Tejo se despediu.

Lisboa belas meninas,

foi mais uma... que partiu.

Leva contigo a saudade,

deste aprendiz de poeta.

Teus poemas são verdade;

Ó poetisa dileta.

António Zumaia (António Ferreira)

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 17/07/2015
Código do texto: T5314450
Classificação de conteúdo: seguro