Meu pai, Paulo Afonso de Moraes, era um cara humilde, muito simples. Aquele anjo nos ensinou sábias lições. Era da paz e quase não brigava. Quando queríamos algo, íamos pedir asilo para ele. Foi meu maior companheiro quando comecei a trabalhar e estudar aos 14 anos. Ele me esperava todas as madrugadas no ponto do ônibus. E não importava se a noite era quente ou fria, bela ou chuvosa. Levantava bem cedinho e quando eu ia para o trabalho, lá estava meu café da manhã e a marmita pronta, esperando-me antes de sair. Não tínhamos muito dinheiro, mas éramos felizes. Sempre havia um presentinho e um bolo para ocasiões especiais. Quando meus dois primeiros filhos chegaram, almoço era com o avô, todos os domingos. Ele não conheceu meu caçula, mas teria sido a mesma felicidade. Ele e mamãe, viveram juntos quarenta anos. E quando ela se foi, a vida dele perdeu a cor. Três anos depois, ele foi ao encontro dela.Deus o levou para estar com os anjos, mas no meu coração, a saudade ficou. E tenho a certeza, de que onde está, ainda me guarda com o mesmo amor e carinho. Um dia, nos reencontraremos.

E para todos os papais um dia muito feliz.

 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 09/08/2015
Reeditado em 08/08/2021
Código do texto: T5340874
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