MÃES

Não lançarei mãos, inopinadamente, aos adjetivos.
Não, pois eles escassearam, diante dessa grandeza,
Do que é ser mãe, mamãe, mãezinha..., minha mãe!
Essa qualidade, que é condição, perseverança, amor.
Substantivo feminino, gênero, cognição, literalidade,
Na acepção da palavra, reflexos em seus significados.
Performance, zelo, sensatez, bússola, luminosidades...
Não usarei também das metáforas, dessas insígnias,
Pois, falta adesão à linguagem, mães são verdadeiras...
Comuns..., específicas, e só se assemelham a se mesmas.
As mães são simples, não vejam definições..., apólogos,
Contudo, exemplos, modelos, existência, direções...
Os adjetivos ficaram faltos, os sinônimos, não, mãe e amor.
E não se pode abstrair desse ser, dessa matriz a vida,
Seria perder dessa dádiva no cerne do que se tem o dom.
Lançarei mãos sim, aos verbos, essa voz,
Que emociona,ensina,que propicía os voos...
A renunciar, viver, perdoar, gostar, abdicar, resignar,
Amar, ter,ensinar, educar...,ser...
Pois, mãe é mãe, simples assim.
Albérico Silva