CHEIRO, GINGA E TEMPERO - DIA DA CONCIÊNCIA NEGRA


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Negro na cor, pardo na forma, negro branco na alma, branco pardo no teor, negro pardo na fé, de toda cor, repleto de amor.

Zumbi, Dadá, Jorge Amado, Castro Alves, Pelé, Mandela, Dona Canô, Anastácia, Zezé Motta, Gilberto Gil e tantos outros, que é impossível enumerar, tantas cores escuras na essência, nem sempre na aparência, mas, no imenso valor, sem cor, luminescência.

Negritude no tempero
Da cor ao perfumado cheiro
Com texturas diversas
E sensata compostura
A fibra que sustenta
Que a dor da luta abranda
Não uma simples valsa
Tem a batida de pés da ciranda
Manter sua estória viva
No boca a boca e no valor mostrado
Tudo isso ocupa um pedaço forte na sua estrada
Os laços formados pela luta aguerrida
Em busca do seu lugar no mundo
É um sentimento profundo
As ciladas existem
Os impulsos bélicos da indole
Podem mascarar o preconceito
E é nesse momento que a raiz vibra
Aí a força da ginga aparece
É um pulinho pra lá
Um remelexo  cá e ali
Uma batida ritmada
Levantar e retomar o caminho, a palavra ou a razão
O valor de uma raça 
A aceitação do seu sabor
Do seu diferencial
É como comida
Entra a pimenta
Um verde de cheiro
Cores pra dar vida
Crua, cozida, grelhada ou assada
A vida que há nisso é a consciência de ser
No dia da consciência negra
Deixo meu sorriso negro, da minha branca tez
Dedico minha alegria parda, que vive sob meus cachos
Entrego minha fé inabalável sem cor ou classe social
Reconheço meus erros nobres e minhas pobres falhas
Sinto meu sangue pulsar festivo, vivo em todas as raças
Parabéns pelas mudanças nas mentes
Que ainda têm um árduo caminho para trilhar
Persistênca é o segredo
Entender a grandeza da palavra respeito, é ser humano, simples assim
A cor dos corações é uma só
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 19/11/2016
Reeditado em 21/11/2016
Código do texto: T5828168
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