Turma da Zero Hora

ZERO HORA

Há trinta anos surgiu

No solo piauiense

No torrão piononense

Uma árvore diferente

De nome meio estranho

pois nunca vi essa espécie

pra essas bandas daqui

O nome é Zero Hora

que tem raiz tão profunda

fazendo dela tão firme

que nada a ela atinge

derruba ou faz abalar

e não tem quem a faça

sair deste lugar

Seus galhos se espalharam

Em diversas direções

Mas, o troco que os sustentam

Tem a raiz nesse torrão

O amor, tem sido alimento

Pra essa planta crescer

Os frutos que dela brota

São de inveja causar

Aos que nesse mundo medonho

não sabe de amizade falar

Sou dessa árvore a Rosa

Mas nela também tem a Flor

não pense que tem desordem

Nesse jardim do amor

Toinha bota moral

Naqueles desavisados

Que possam estragar algo

Para o jardim proteger

Eduardo e Caçula

Ficam nessa função

De tanta beleza que tem

Chama muita atenção

vindo gente de todo lado

Pra visitar esse torrão

A época que mais floresce

É no período do Natal

Mas durante todo ano

Bota fruto sem igual

Para tudo que existe

o zelo é fundamental

Marilia e Hevilandia

Cuidam desse jardim

De forma fenomenal

Fazem a poda das folhagens

Tiram dela o espinho

Cuidam, tratam e irrigam

para que nunca padeçam

Com a maldade dos homens

Que trocam a natureza

Deixando o olho no olho

para apenas usar teclas

dos mais avançados Iphones.

Tem o que é mentor

que cria com maestria

e as vezes bota em fria

Aquele que ao seu lado está

E Rubens logo é chamado

Pra a bagunça acalmar

Quando por algum motivo

O mestre não é entendido

Por alguém deste lugar.

Além de ter a arte e criar

Zé Flavio guarda na memória

As historias para contar

Desta árvore tão bela

Que Deus vive a regar

A Lúcia que é baixinha

Faz um trabalho divino

Toda erva daninha

Ela cuida logo em arrancar

Para evitar que essa praga

Venha sem avisar

E destrua essa árvore

Que o pai celeste nos dá

Como presente tão lindo

Que no silencio da noite

Ao invés de descansar

Começa então o espetáculo

Abrindo as mais belas pétalas

Quando o sol vem clarear

Mas nesse jardim também tem

Motivos pra se chorar

Quando dois dos seus galhos

A poda veio cortar

Pelo maior jardineiro

Que quis fazer o enxerto

Deles noutro lugar

Essa poda trouxe dor

Levando o Gordo e a Nega

Pra embelezar outra gleba

Com suas pétalas tão belas

Brotando no jardim celeste

Para o bom Deus alegrar

E o céu também perfumar

Com isso Deus nos ensina

Que Coisa boa na terra

É amigos encontrar

Pois quando somos tirados

Fica um vazio danado,

mas , a gratidão também há

Por ter divido espaço e grandes relatos

De riso, de choro e conquistas

De sonhos e decepções

Sabendo que ombros amigos

Foram consolo e alento

Porém também serviram de amparo

Na hora de carregar as vitorias

Sem de nenhuma invejar.

Cândida Rosa
Enviado por Cândida Rosa em 27/12/2016
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