À memória de Zilda Arns



 
        Urge e é fundamental prantear a perda de uma vida sagrada  (toda vida é sagrada); esta, vida duplamente sagrada, pela dedicação de uma existência inteira à preservação da vida das crianças pobres, das crianças abandonadas, carentes de toda natureza.
        Zilda Arns se foi, se foi enquanto em plena missão em um país irmão, dolorosamente atingido por tragédia descomunal. Zilda Arns, ser humanitário no sentido verdadeiramente profundo, essencial da palavra.
        Uma vida como esta se foi: vida essencial. O vazio do mundo, o vazio no mundo ficou bem maior. E eu me lembro: "Por quem os sinos dobram?" Eles dobram por mim, por ti, por todos nós.


Zuleika dos Reis, na manhã de 14 de janeiro de 2010.