Ninho de Borboletas
Um dia, ah! Vários deles a vida dela era vista em preto e branco.
Ela não mais sorria, mas aos poucos... ela morria, morria de dor e desamor. Que mundo louco!
Até quando???
Quantas promessas na inércia...quantos beijos ardentes ...ela pensa, mas em vão.
A sensação amarga que lhe vem à boca, sai direta do seu cérebro e coração.
O que fazer?
Pra onde ir?
Quem poderá lhe estender a mão?
Se todos eles são assim? O que será dessa nossa geração?
Melhor calar, porque gemer não vai a nada modificar.
Deitar em arco, abraçar as pernas e dormir, dormir e talvez sumir...
Ao seu redor formou-se um casulo, com suas lágrimas misturadas aos fios, o pensamento sumiu e o sono aliviou a alma sofrida.
O inverno se fez, o casulo balançou, mas a cápsula não caiu, às intempéries resistiu.
O tempo passou sem pressa, as feridas foram cicatrizando e um belo dia de sol, a parede rompeu-se e ela saiu multicolorida da prisão para uma liberdade nunca vivida.
“Com licença, eu vou à luta”, disse ela aos que quiseram ouvir.
Muitos desdenharam, mas isso já não a preocupava, havia expurgado seu último momento de dor, parira entre horrores a tímida mulher para deixar florescer uma pessoa forte, um rompante de luz e calor.
E sobre o amor...ela nunca deixou de acreditar, porém, não mais seria a escolhida, ela sim, iria escolher para nunca mais ter que conjugar o verbo sofrer.
E dessa mulher, destemida e ousada, que fala o que quer, veste o que lhe apraz, independente e com um grande amor próprio, continuamos a ouvir falar.
Dizem que quando anda, seus cabelos sacodem, e que na cabeça tem um ninho de borboletas multicoloridas para que jamais esqueça que durante um longo tempo foi lagarta, mas que agora voa livre, pousa onde quiser e ama quem deseja.
para nós mulheres, bato palmas!!!!!
Uma amiga muito querida me inspirou , hoje ela tem um borboletário nos cabelos.