J.L.
Meu caro Jorge. Meu caro
Jorge Matheos. Nesta noite,
todos os versos são teus.
Observa: a luz é pouca
e a sede quanta; morre
a louca, não há choro
na tua elegia; o mundo fora
não sabe do teu clarão,
chove em fantasia;
sorvo tudo sem deixar
gota sequer de rima.
A Lily Braun, o Edu,
o Chico, os olhos meus,
a vida, o trapézio, ah!
são todos teus, Jorge de Lima.
2007
Sítio de Poesia
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