Nádia

Senhorita, de chama iluminada, a delicada intimista
Consigo carrega esta sina de amar com temores seus

E eu te valorizei à tarde acreditando na nossa noite...
Um dia entenderemos a mentira da vida madrugada

Sentimos valentia rebelde e desse amar sem homens
O mundo a prejulgar o triste ensino augusto másculo

E juntas que fomos, fiamos a verdade velando amor!
Caímos demais no frenesi de algum prazer proibitivo

Ao ver o ontem te revi jurando unir-se nas alvoradas
O ocaso e um erro nos furtou a sensação sobrevinda

Horas reagidas se valeram da sorte para nos ludibriar
O tempo nos consumiu mais uma vez essa saudade...

Te perdi em outonos, semanas sem côr, mil lágrimas
Sonho com você a cada outra que te substitui enfim


Leda

Pouco de ti e sabemos muito do vosso deserto
Ah, no como fiquei sozinha, angélicos anjos!

O amôr por ti encerrado em flôr se feriu calado
Ah, deliciosa primavera, e você pleno Verão!

Teu coração a mãe não ousou ir mais restante
E fui tua filha por um tempo até cansar o leito
Ah, encantada magia, delineou o esoterismo!

O estranho em vosso jeito me ofereceu desejo
Ah, sorriso de seda em segundos delicados...

O alvorecer de um sonho e vida quase eterna
Ah, o quão longe foi mais este preso amôr...


Marta ( mulher transexual operadinha... )

Que triste o mundo que nos divulga ambíguos
Eu com você amamos a diferença e flutuamos
Nublados em mares de amarguras grandiosas
As desoladas num amôr completo, sem noção
Sem se importar com os coloridos deploráveis
da ameaça dos homens que jamais entendem

Nossa paixão instinto, fina seda tão indistinta
O sermos mulheres com ardor, vivo destemor
Amantes instântaneos em glória de convencer
Sozinhas contra o mundo que censura inepto
O de amadas senhoras, damas de cortejo luz
No acabar da saudade eu fico esperando-te...
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 05/05/2017
Reeditado em 05/05/2017
Código do texto: T5990755
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.