Dona Regilda

Para um poetista um folheto de cordel pode lhe dar inspiração,

a roça, um livro de caligrafia, toda mina de carvão.

Em Quipapá,

a poesia: rimas que dizem, eram contadas, cantadas, rimadas no enredo poético, palavras habitadas num mero sítio no pedaço do Agreste.

Eis o nome que não me esqueço: Dona Regilda.

De analfabeta a poetista, nas tardes de domingo conheceste o cordel Nordestino,

como um livro sem letra conquistou cada sentido.

Oitenta e seis,

um espaço imenso em tua alma, e tudo que sei sobre ti é que tu és a poeta mais profunda que descobri.

E para ti eu declamo:

Tudo aquilo que é prezado, o poeta arranca fundo, lá do peito, toda luz e lama que há. Não teme a morte, sua alma é destinada ao mundo.

Rafaela Romero
Enviado por Rafaela Romero em 15/08/2017
Código do texto: T6084387
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.