Amor

Das divagações minhas, como pode suportar alguém a incomodações de outrem...a mulher por todo o dia, e em todos eles o importunava no trabalho, queria atenção a coitada, o chamava de vida sua, e com ele falava sobre tudo.

Que homem é esse que consegue ser tão forte? Que não a manda se ocupar e deixa-lo em paz apenas para que trabalhe, quem é essa mulher, que o toma, sabendo que já tem dona, e ainda assim o quer? Não conhece os limites da vida? Deveras o que importa pra ela certamente é o saber profundo de que este homem embora não a pertença nos documentos, como um gado ou propriedade, mais que isso é dela o seu coração, os seus desejos e fantasias...pois a vida é uma incógnita e tem amores que são especiais, vindos de outras vidas, mulher estranha, ou especial? Ninguém nunca há de saber o que vemos é que se ela se submete a aguardar os poucos momentos, se o aceita com seus limites, o admira, respeita e ama, provavelmente o poeta afirmaria, haver entre ambos um lindo e raro caso de amor.

Eles se pertencem durante os dias e as noites ele dorme ao lado daquela que lhe dera os filhos, a família que para a outra é o bem maior do homem e jamais deve ser maculada...assim seguem os dias; ele pra ela é a personificação da paz, ela o ama e o adora pois sabe que todos nós temos nossos sonhos e segredos e para alguém que até então não conhecera o amor recíproco este amor veio salvá-la de si mesma e dos seus medos, arrancando-a das suas próprias entranhas e devolvendo lhe a vontade de viver.

Sua vóz soa pra para a amada como um bálsamo suave, que a cura, seus carinhos poucos são intensos e perfeitos! O bastante para aquela que jamais se permitiu amar ou ser amada, depois de metade da vida enfim encontrara nele a resposta para muitas das suas confabulações.

Bendito seja o amor!

Flaviane Ventura
Enviado por Flaviane Ventura em 02/10/2017
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