Poeta extravagante...

Poeta extravagante...

Olhem o poeta, castiço

Que passa horas no café

De conversa afiada, em rimas

Rascunhos, de lindos sonetos

Fala dos amores perdidos

Alguns de paixão avassaladora

Outros nas traições infiéis

Do puro fogo de amor

Deliciando-nos de bela poesia

Afoga-se na garrafa

Tentando esquecer quem muito amou

No mais lindo amor, puro e verdadeiro

Que partiu no tempo da dor e da saudade

Vai para casa sozinho, sombrio, triste

Olha a vida de olhos esbugalhados

Viajando na solidão e saudade

Dos tempos que ocuparam a felicidade

Chorando de tristeza e grandes lamentos

Ele se alimenta de folhas velhas

Bastante amarrotadas, gastas no tempo

Escreve sem dó, nem piedade e sem parar

Tudo que a sua alma sente e dita

Letra nervosa, sem igualdade

Transmite nela toda a ansiedade

Do coração magoado, triste e desterrado

Pelo amor um dia, tanto atraiçoado

Poeta que escreves sem temor

Deixas em lindos textos, a tua vida

Mostras ao mundo o teu clamor

De uma vida já bastante vivida

Na mais pura poesia de amor…

Betimartins

Betimartins
Enviado por Betimartins em 22/08/2007
Código do texto: T618238
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