Poeta extravagante...
Poeta extravagante...
Olhem o poeta, castiço
Que passa horas no café
De conversa afiada, em rimas
Rascunhos, de lindos sonetos
Fala dos amores perdidos
Alguns de paixão avassaladora
Outros nas traições infiéis
Do puro fogo de amor
Deliciando-nos de bela poesia
Afoga-se na garrafa
Tentando esquecer quem muito amou
No mais lindo amor, puro e verdadeiro
Que partiu no tempo da dor e da saudade
Vai para casa sozinho, sombrio, triste
Olha a vida de olhos esbugalhados
Viajando na solidão e saudade
Dos tempos que ocuparam a felicidade
Chorando de tristeza e grandes lamentos
Ele se alimenta de folhas velhas
Bastante amarrotadas, gastas no tempo
Escreve sem dó, nem piedade e sem parar
Tudo que a sua alma sente e dita
Letra nervosa, sem igualdade
Transmite nela toda a ansiedade
Do coração magoado, triste e desterrado
Pelo amor um dia, tanto atraiçoado
Poeta que escreves sem temor
Deixas em lindos textos, a tua vida
Mostras ao mundo o teu clamor
De uma vida já bastante vivida
Na mais pura poesia de amor…
Betimartins