Homenagem a Tontonha

A Deus

Nascera no auge da primavera

Uma flor entre as gigantes relvas

Uma espécie única e airosa

Admirada pela natureza

Às beiradas do Velho Monge

resistira à cheia e à seca

e vira o vento soprar seu odor

aos ares dos carnaubais

O vento que descera o mar

Carreara a flor à capital

e o sol da mata de pedras

mantivera a sua cor natural

Uma flor nobre de longas saias

Avolumadas anáguas e robusto gineceu

Uma flor feminina que encantara

a flor de bronco androceu

E no inverno nasceram flores

A cada década, ramos de Ramos

Era o pomar no Jardim

E o regozijo da flor

Em um verão Deus a colhera

para que não mais veja o murchar

Dormira então o corpo da flor

do passado mais que perfeito

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 01/05/2018
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