GRANDE IRMÃO
Podeis dizer: ouvis estranhas vozes! Tontices diversas Irmão... afinal uma década não passa assim, feito o vento quente da seca que nos cerca.
E vos direi: o tempo é faca que corta, é a dor da saudade que passa. É a soma vazia dos anos e voa, veloz..., assim.
Em contraponto, aponto para ti - tantas coisas que fizestes nessa década, sim neste decênio, porque nos outros seis passados, já o dissemos detrás.
Assim, recordemos das tantas viagens feitas, dos feitos laborais, das reuniões familiares, do crescimento dos membros da família e da felicidade que eles trouxeram.
Além das alegrias e sucessos registro-lhe as perdas ocorridas, assim é viver: nossa mãe Maria José - Dama da Serra e a sua sogra Rocilda - A Velha Senhora da Varanda, figuras seminais das duas famílias.
E as marcas do tempo ?poderás arguir e, mais uma vez redarguirei: Essas são insofismáveis... aparecem. Se instalam em nós, nos modificam a aparência.
Mas, a essência permanece e em ti se destaca; pela mesma placidez, pelo mesmo prazer em estar recebendo os amigos, pelo mesmo espírito agregador, jovial e, substancialmente, sua “jumentude” que se aparenta incólume.
E o porvir irmão? poderás indagar. E, aí, proclamo: que teu futuro seja longo, com muita saúde que é o que importa. Assim será por outras tantas décadas, sereno, bem vivendo, celebrando.
Felicidades meu querido irmão. Setent’anos são uma dádiva, celebremos pois, outras mais, juntos, todos nós.