amiga de garra

Amiga de garra

Quem sou eu?

De tantas que murmuras

Fui condensada a dor,

Fui seresteira no amor

Em razão despercebida.

Feridas descarnadas

Que viraram cicatrizes,

Em meio ao relento

Sem teto seguro,

No auto do muro.

Construo minha história

Construo minha vitória

Em prol da minha verdade,

Solidão aguda

Paixão rasgada,

Como feixe de papel

Molhado nas extremidades,

E recheado de não

E de saudade.

Em plena amargura

Pude sentir o doce,

Que a vida propôs

Na saliva molhada,

Escorre a certeza

Que me fez selva

Com minhas crias,

E cidade

Com minhas alegrias.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 03/09/2007
Código do texto: T636008
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