O aniversário do Sabazinho 
 
O onze de agosto desse ano não foi apenas o Dia do Advogado muito menos o dia do estudante, duas coisas às quais estou ligado, a primeira como militante e a outra pelo enorme carinho que tenho por meus alunos, mas sobremodo e com todos os foguetes pelo mais novo (sex)agenário do nosso grupo o Sabazinho.

Confesso que enquanto me dirigia para o belíssimo salão do evento (e que salão e quão lindo evento) milhões de lembranças me vinham à cabeça envolvendo nosso festejado amigo, algumas delas ainda me fazem rir sozinho; preciso compartilhar com vocês, sem faltar com o respeito.

O amigo/irmão Sabazinho tem histórias hilárias que imagino, somente com ele acontecia, talvez por ser um dos mais jovens da turma, sempre o pegavam pra Pato e ele sempre de boa fé caia, depois é que percebia que estavam sacaneando com ele.

Certa vez estávamos numa casa noturna por nome "Amore" salvo engano, e já quase no final da festa chegou o Sabazinho, abraçou todo mundo sentou-se, contou algumas lorotas e pediu uma Coca Cola poucos minutos depois o Coronel Patena e o Natão pediram a conta do garçom e lardearam, vamos rachar, vamos rachar!

Nessas horas sempre me dava vontade de ir ao banheiro, senão um sono que eu ficava dormindo na cadeira - não sei por que - passaram pelo Sabá e disseram "vum bora, vum bora te coça! - Quanto deu perguntou o Sabazinho era ao dinheiro de hoje uns cem reais pra cada um e antes que ele argumentasse alguma coisa, o Natão falou: - não vem não Sabá eu te conheço bora logo passa! Ele com sorriso meio amarelo puxou a carteira e pagou a sua suposta parte.

Tudo pago, momento que eu voltava do banheiro, o sabazinho olha pra mim e diz rindo Caracas que Coca Cola cara da porra! Eu fiz que nada ouvi pra não polemizar a coisa, mas ri bastante.

Outra situação que me lembro, também, e que é muito engraçada somava a dos tempos de moleque. Lembro que jogávamos bola em plena rua, fazíamos com tijolos ou pedras, duas traves imaginárias, demarcávamos o suposto campo e a bola rolava, nesse episódio eu comandava o meu time e mexia como queria tirava um colocava outro tal e tal. O Sabazinho sempre ficava no banco de regra, - não sei por que – mas sempre que ia entrar pra jogar se cansava mais no aquecimento que propriamente jogando, eu olhava pra ele e ria, naturalmente, eu pensava: - esse não vai render nada, já entrava com a língua de fora. Nesse jogo ele pediu pra entrar eu deixei, mas passaram-se apenas dois minutos e o tirei de novo sem lembrar que ele tinha acabado de entrar, ele passou por mim e furioso falou: - porra eu não peguei nem na bola. Deu-me vontade de ri, mas tinha que manter a postura, não disse nada.

Outra, que imagino tenha sido a que mais tempo passou com a gente, foi numa tardinha no então “La Belle de Jour”, bar do Coronel. Tava todo mundo prozeando mentindo pra caramba e numa dessas falas o Sabazinho saiu com uma, querendo com certeza demonstrar carinho pelos amigos, e disse para o mais sem vergonha da turma o Washington Cunha: - você pode até achar que é mentira, mas todo dia às seis da tarde eu rezo por cada um de vocês, o Washington safado no bom sentido deu corda: - sério Sabá?! Com o nome de cada um?! Ele disse: - Sim! O Washington abriu numa risada e contou para o resto da turma: - Taí o único cara verdadeiro daqui, reza pela gente todo dia e concluiu: - Boa noite Sabá! Durante muito tempo, sempre que via o Sabá eu perguntava: ainda reza pela gente todo dia?! Agora quem ria era ele.

Bem, o texto tá se alongando, mas toda essa proza, não é pra sacanear o Sabazinho, muito pelo contrário é para enaltecer o grande colega, amigo e respeitado homem, irmão querido de seus irmãos, presente sempre, honesto, decente, honrado, Pai maravilhoso, um cara que optou pela família como o seu maior trunfo que gaborzamente chegou nessa maravilhosa idade de sessenta anos. Tudo isso, sem deixar de apreciar o grande músico e cantor espetacular que alegra a todos por onde passa.

Mas se ainda me permitem devo dar os parabéns para suas filhas e esposa que organizaram aquela festa maravilhosa. Tivemos também a oportunidade de rever grandes amigos e voltar a conviver com outros mais próximos, dentre estes: Edson e Nazareth Cruz, Josaphat e Lúcia Patena, Renato, Tabajara, Carlinhos, Roberval Ribeiro, Dunga, além de tantos outros amigos que amam o Sabazinho. E naturalmente todos os seus irmãos, e sobrinhos. Fiquei pensando em apartado na minha querida e saudosa amiga, mãe desse menino de ontem, Dona Chiquinha com certeza no céu está maravilhosamente Feliz.

Sim, um grande à parte para o Showman “Rochinha”, nossa! O cara foi demais, uma semelhança incrível de Zé Ramalho, Nei Matogrosso e Mick Jagger, um talento amazonense pronto pra exportação.

Mais uma vez meu amigo Sabazinho, Feliz Aniversário! Bom regozijo na melhor idade...rsrsr

A foto tá um pouco embassada, não sei por que... mas... (rsrsr)

Abraços!
____________
A música acostada é a cara do Sabazinho!