BAMBINA

Como uma cadelinha de tão pequeno porte

Ao se desprender desta amorfa matéria prisional uma quimera

Pode arrancar uma insustentável tonelada de dor e corte

De dentro de meu peito quando do peito quem morria era ela

Acho eu na minha ignorância

Que Deus criou os cães de sua fragrancia

Que é proporcional a sua frugal alegria

Ao seu amor incondicional a sua poesia

E por que assim como a primavera

Eles os cães se vão para mais rápido voltar

Para que possam se revesar

Uma vez que sempre estão a nossa espera...

É verdade que o mal não dorme

Mais o que o diabo não calculava

É que enquanto pra ele tudo é disforme

Jesus em seu pesadelo, sonhava....

Enquanto o mal adora o risco correr

Cristo vê nisto uma oportunidade

Enquanto o mal satura o ambiente com a dor

Jesus sutura os pontos com seu amor...

Por isso a dor não vence

E se a convence é por muito pouco

O resgate está na consciência do louco

O que para o mal tem tropeço

Pra Cristo é recomeço.

Teu latido

Teu silencio

Um grito que reverbará

dentro de mim em sustenido...

Bambina está com sua amada

Perto da lua na estrada estrelada

Eu te fito de longe na saudade que me assiste

Porque longe é um lugar que não existe...

Te amo e em breve te encontrarei

Porque no fundo sei observar e absolver

Que todos os cães são fiéis caninos

Por isso todos assim como minha amada

Tem a mesma pegada deixada que me levará até você

Através do meu faro fino...

(HOMENAGEM A MINHA CADELINHA BAMBINA QUE DEUS CHAMOU PARA A SUA MATILHA NO DIA DE HOJE 02.09.18)

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 03/09/2018
Código do texto: T6437846
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