AMOR DE FILHO

No momento não tenho palavras sóbrias.

Nem verdade nem mentira, só memórias.

De lindos momentos vividos, divididos.

Meu coração se foi, nos últimos dias vividos.

Numa dor latejante ofegante que dói sem doer.

Numa felicidade de anos que eu não podia perder.

Um amor livre e verdadeiro que se prende por prender.

Que sofre junto sofrendo por sofrer sem se arrepender.

Que se foi como um pássaro de estimação segurado na mão.

Que de tanto sofrer na prisão da dor, seu dono deixou escapar.

Assim se livrando de um amor egoísta de uma mera paixão.

Esse amor de filho que leva para as ondas do mar.

Esse amor de filho, de uma criança que não cresce nunca.

Esse amor de filho que Jamais nessa terra vai acabar.

Homenagem a José Candido Florencio