Homenagem póstuma a um pai que não conheci.

Na tarde chuvosa de segunda-feira, dia 17 de setembro, deste ano, acompanhado de minha queridíssima filha, dirigi-me ao Fórum desta aprazível cidade de Miguel Pereira para solicitar informações visando resolução de assunto particular. Lá chegando, tive a grata satisfação de ser bem recebido pelo advogado, Dr.André Loyola Pereira, responsável pelo Núcleo de 1ºAtendimento, o qual, gentilmente, concedeu-me toda a atenção, demonstrando não apenas ótima educação, como também grande capacidade profissional, condições nem sempre observadas quando se refere a funcionalismo público.

Enquanto aguardava as providências finais do atendimento ao reivindicado, iniciamos um diálogo envolvendo aspectos humanos, sobressaindo o assunto "família". Então, dizendo-se ser filho único, surpreendeu-me confessando que estava vendo na minha personalidade, a figura de seu querido pai, Dr. Antônio Pereira, engenheiro, falecido em 26 de julho, ainda deste ano. Bastante emocionado e em lágrimas, apertei sua mão, acrescentando que me sentia muito honrado por tal declaração, lamentando o ocorrido e oferecendo-lhe os meus sentimentos. Ao terminar a conversa, disse-lhe que, embora não tivesse a oportunidade de conhecer o seu pai, eu o estava imaginando tratar-se de um cidadão íntegro e genitor extremoso, uma vez que ali se encontrava a legítima comprovação de que o filho, por vezes, é o reflexo do pai.

Termino esta pequena homenagem, esperançoso de que o advogado André possa encontrar a graça da resignação e permaneça atuando com dignidade e competência, honrando com amor e respeito a memória daquele que é o seu exemplo maior.

Demarcy de Freitas Lobato (Em memória)
Enviado por Demarcy de Freitas Lobato (Em memória) em 18/09/2007
Reeditado em 18/09/2007
Código do texto: T657784