Dia De Primavera

O Sol surgia radiante naquela manhã...

Por sobre arvoredos, invadiam os raios denunciadores...

Estava um azul só de céu... limpidez fazendo-se alvo,

Para milhões de pessoas, que encantadas,

Sabiam sem esforço, espalhar elogios de admiração...

Nas montanhas distantes, viam-se sombras nas encostas,

Qual desenhos, nitidamente contornadas,

Percebidas nas grandes séries de televisão;

O Mar bramia em ondas, motivadas pelos ventos;

Um frescor, envolvia-se pelo Vento e pelo Sol;

Pássaros na revoada em bandos indo de lá pra cá,

De cá pra lá, a procura de aconchegos para fazerem ninhos;

As galinhas cacarejavam... todos os bichos ao seu jeito;

Um jato cortava o céu, deixando o risco na passagem...

Branco!... se apagando por detrás do seu sumiço;

No jardim os Beijas, rodeavam todas as flores,

E se iam, um após o outro que já estava de retorno;

Tico-ticos não se acomodavam no pomar;

Num imenso boqueirão na mata, via-se uma queimada,

Para plantação de milho... feijão...

Bem mais adiante, o borbulhar das águas sobre pedras,

Deslizavam-se suaves e tranqüilas ao encontro do mar;

Pescadores postavam-se concentrados nas ribanceiras,

Com varas e caniços entre os espaços possíveis,

Onde na certeza, conseguiam apanhar peixes distraídos;

Via-se meninos nus, tomando banho no riacho;

Borboletas navegavam, com suas diversificadas cores,

Colorindo... qual se fossem luzes próprias para os dias...

Assim, Paranaguá/Alexandra recebia mais um dia de Primavera!...

Aurora do dia a dia que só trocava de ar, por um outro encanto,

E que a exclamação se fazia exultante! presente: O Entardecer!...

20.11.1958.

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 15/06/2019
Código do texto: T6673620
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