D. Joana
 
A cor é de pele queimada
Dourada, como o sol lá de onde,
Por perto vivemos!... Dez anos nos separam...
Foi a rudez da tua vida! E a minha!
 INFELIZMENTE, sou mais viajado...
E FRANSINO, e, infelizmente MAIS SÓZINHO!...
NÃO ME DIGAS, NUNCA, não FUME!...
E, te direi, NUNCA MAIS VENHAS PRÁ CÁ!...
Aspiras mais um ar mais poluente que eu!...
Preferiria a queimada da cana, ou de um milharal...
- desde que antes escolhesse uma “painha”
boa prum cigarrim de páia! –
“Vez iquando, quando inevez fumo um Pacaio”
Gosto tanto do “INTERIOR DA GENTE,
Que às VEZES, ME ATRAPÁIO”...
 
Não sei se sou fruto ou semente
Só sei que trago na mente
A pureza lá do nosso interior!
 
Dois dos cinco filhos vem de lá!...
As três, outras, daqui!... - Sem compará-los-
Os do mato são melhores!...
O carinho é diferente!...
Uns beijam a mão, tomam benção!
Outros dizem:  “Ói Pai”... E se trancam!...
Conquanto os do “mato”,
Mal convivessem comigo!
O mal, às vezes... Vem das raízes!...
Uns bêbados, outras meretrizes...
Mas todos, todos quiçá, felizes,
Cada um na sua raiz e mais feliz!
Mas, uma COISA GARANTE e ASSINA:
MEU CORAÇÃO! NÃO SOU assim
Nem tão bêbado e nem sem coração!
 
Nem SEM VISÃO!... Nem gosto de carnaval!...
Mas não sou PALHAÇO, não uso MÁSCARA!...
NEM ATOR/ATRIZ, pra fingir-se infeliz,
Quando goza a vida!... Quando mascara
 
A fantasia e propaga a inverdade como se fora
Não a autora, mas a vítima!... Autora,
Às vezes confunde-se com os personagens!...
E veste-se deles usam-lhes os trajes!
 
De tal forma e jeito e convicção
Que os corações dos filhos se distanciam
Enredam enredos numa ficção
Que eles, os filhos, creem!...
 
EU PRECISEI SOBREVIVER!...