Para o meu querido Aragón Guerrero.

Fiquei sabendo hoje, Aragón, que você voltou para a Pátria Espiritual. Essa, sim, a verdadeira Pátria.

Há dias tenho sentido sua falta, mas eu estava mesmo meio ausente na escrita. Coisas das desilusões, da indignação, da estupefação ao perceber os meus iguais mergulhados no ódio com a saliva espumante de sangue fétido.

Realmente eu optei por desaparecer por uns tempos. Ler mais, refletir mais, conversar mais num país que virou menos. Menos humano, menos cristão, menos dono dos seus destinos e cheios de desencontros e de desencantos.

Fiquei sabendo hoje, Aragón, só hoje que você havia partido...

Para mim você foi um grande amigo e conselheiro. Principalmente nos meus momentos de maior angústia pelas perdas sem volta.

Você sempre se mostrou ponderado, digno, honesto e, sem nenhuma dúvida, uma pessoa ética.

Foi você que me deu ombro quando de algumas agressividades que recebi. Eu achava que não era merecedora dee tais grosserias, mas você banalizou com maestria a boçalidade de alguns que nem se identificam, mas agridem com gosto.

Posso dizer que fui muito privilegiada ao receber os seus comentários, as suas leituras pontuais e obrigada, mas obrigada mesmo pelas suas manifestações típicas de pessoa sensata, cordial, afável.

Sinto muito a sua partida, mas leve os meus agradecimentos mais sinceros.

Quero te reencontrar, sim, sem dúvida. Um dia haverá o momento.

Quero aprender muito sobre a sua Espanha, suas memórias, sua notável percepção de realidade.

Obrigada, meu amigo.

Siga em paz, aprenda mais por aí, onde estiver, e que os anjos e santos tenham apreciado e muito a sua vida cá embaixo.

Seja recebido com música, alegria, muitas alegrias.

Que a espiritualidade te receba de braços abertos.

O meu abraço cordial, com amizade.

Vera Moratta
Enviado por Vera Moratta em 30/06/2019
Reeditado em 11/11/2019
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