“UMA SANTA DA BAHIA, A SERVIÇO DO BRASIL”.

“Eu a Definiria assim: Uma vida a serviço do servir”

A trajetória e a peregrinação daquela que nasceu, cresceu, viveu dedicou a sua existência, e morreu fazendo o bem para todas as pessoas que a ela recorria. Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, Esse era o seu nome de pia de batismo, que tornara conhecida com vários outros nomes, como por exemplo: Irmã Dulce, Beata Dulce dos Pobres ou Bem-Aventurada o anjo bom da Bahia, Dulce dos Pobres, e outro nome receberá (a partir do dia 13 de outubro de 2019, que será presidida pelo Papa Francisco, quando acontecerá a canonização, no Vaticano) Santa Dulce dos Pobres, segundo declarou o arcebispo Dom Murilo Krieger.

Teremos então, a primeira santa nascida no Brasil, filha da Bahia a serviço de todos pelos olhos do mundo, após o grande evento que acontecerá em outubro, no vaticano.

Canonização, santificação, reconhecimento dos milagres feitos, atendidos por aqueles que nos momentos mais cruciais de suas vidas chamaram seu nome, clamaram pela sua presença intercessora e acreditaram no seu devocional auxilio.

A sua historia, passeia pelos rostos dos mais simples aos mais célebres seres que tiveram o privilégio de ouvir a citação do seu nome nalgum lugar. Está, também, pelas ruas, guetos, becos, vielas, favelas, condomínios, hospitais, presídios e em cada pedaço espalhado na cidade do São Salvador, e está nos lábios desde aqueles que repousam em calçadas (levando a miserável vida do esquecimento, do abandono e do descaso por parte de outros seres humanos), até aqueles que repousam em travesseiros de seda no aconchego de suas mansões aquecidas no inverno, com sopa quente em mesas abastadas sem nada lhes faltar.

A caridade de irmã Dulce alcança a todos e todas em qualquer situação vivida.

Ela foi amiga (e muito respeitada) pelos maiores lideres políticos da Bahia e dos mais humildes que a procuravam, sempre foi a protetora dos seres humanos, e daqueles mais necessitados desse estado e de boa parte do Brasil, pois em vários lugares, o seu nome é aclamado com agradecimento, com esperança com respeito e acima de tudo, com muita fé.

Irmã Dulce está presente na vida do soteropolitano, do sertanejo, do litorâneo, do matuto, do intelecto, do analfabeto, do acadêmico, do crente, do católico, do espirita, ela está nos terreiros, no asfalto, pois todos (principalmente na Bahia), já ouviram falar na figura carismática e auxiliadora dessa que fez da fé, a sua mais pura essência de vida cristã, a serviço dos mais necessitados, e até daqueles que por uma opção de vida, declaram-se ateus.

A data oficial da fundação da cidade de Salvador, é de 29 de março de 1549, numa sexta feira, onde 365 anos depois, numa terça feira, do dia 26 de maio do ano de 1914 na cidade de Salvador, Estado da Bahia, mais uma estrela brilhava no existir terreno, sob a vigília constante do criador dos céus, da terra e de tudo que no mundo há.

Todavia, aos 13 de março de 1992, (antes de completar os seus 78 anos e a 443 anos da data da fundação da cidade de Salvador), a nossa querida Irmã Dulce, despede-se do plano terreno, e retorna ao pó,(sob a vigília constante do criador dos céus, da terra e de tudo que no mundo há), deixando um legado de benção, amor, paz, amizade e uma constante fé que dura até a data de hoje, 27 anos após a sua partida, ou seja, 470 anos após a fundação da cidade que lhe viu dar o primeiro e o ultimo suspiro.

Carlos Silva – Poeta, Mestre de culturas populares

“Definiria assim: Uma vida a serviço do servir”