123 - VALE DAS MATAS

LIVRO - CENTELHAS DE AMOR

Vale das matas

Homenagem à minha terra, Canguaretama–RN

Entre rios, vales, matas

e manguezais, minha cidade natal,

“Oh, Vila! Diga teu nome,

também te quero chamar...

Tu és Vila da Penha,

Canguaretama ou Uruá.”

Questionam-te, nessa quadra que há.

Oh! Terra minha, dos canaviais, de mata atlântica,

do agreste litoral, dos conflitos e martírios,

das catarinetas e leilões em festa da padroeira.

Teus filhos poetas e escritores,

cantam-te, em versos e prosas,

dentre tantos, Carlos Silva, Galvão Neto,

Tamires Macena e Homero Homem,

(dito “O cabra das rocas”), do engenho Catú.

Cidade dos engenhos, Cunhaú,

Pituaçú, Murim e Paul, temas de histórias.

Das famílias tradicionais, de guerras e de paz,

dos alpendres no oitão, do sentar-se à calçada,

das galinhas nos quintais. Meu Uruá magistral.

Por religiosidade, de um Frei,

te denominaram Penha, por um mês,

e é assim que muitos te conhecem.

Nossa Senhora da Conceição é patrona

da vila, que se tornou cidade.

Estação da Penha, matrona minha.

Canguaretama é acolhedora e amada.

Tem praças, currais e lindos coqueirais.

Aqui está a mais bela praia do litoral,

floresta tropical de paus-brasil,

algarves, gabirobas, carnaubais,

terra de canaviais e do sal,

onde os cantos dos pássaros

são sinfonias de Bach.

Alto da estação, onde o trem acordava a sua gente,

Povo gentílico, feliz de contente, dançava

Cantando os versos e as quadras dos pastoris!

No largo do cruzeiro ou nos terreiros de casa.

O bairro da cidade em que nasci é um pedacinho do Brasil.

Neide Rodrigues, poetisa potiguar, em 04/07/2019

Reedição, 14/05/2024

NeideRodriguesPoetisaPotiguar
Enviado por NeideRodriguesPoetisaPotiguar em 04/07/2019
Reeditado em 04/06/2024
Código do texto: T6687875
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