A vida?
Me pergunte sobre o tempo
sobre quem fez o tempo.
Como se deram os minutos?
E os ponteiros astutos?
Com o "tic" marcam a vida
e com "tac" marcam a morte.
E voam como vento.
Eu no meu pensamento,
me pego a indagar.
Sem querer duvidar,
olho pro céu e vejo.
Não estrelas lindas e a lua,
mas respostas nuas e cruas,
e a razão do meu buscar.
Que as horas passem com calma
como pavio de bomba aceso.
Que os dias voem com o vento
como folhas num furacão.
Mesmo assim a noite cai,
fria mas propícia.
E nos enrolamos num cobertor
e nos ligamos a um mundo quadrado
que mal parece ser o nosso
que parece mal acabado
mas é nosso por direito
ou sina? Quem sabe?
Parece até que não me cabe
calcular o resultado.