Watching and learning from “Bohemian Rhapsody”...

     O verdadeiro inimigo não é o que nos tocaia e sorrateiramente nos ataca, o verdadeiro inimigo não é o que nos trai a confiança por puro egoísmo ou nos prejudica, esses são facilmente identificáveis e suas razões originam-se nos próprios sofrimentos e infelicidades, dos quais são eles contumazes portadores e incapazes de com isso lidar, na verdade eles necessitam, mais do que qualquer outro, de muita compaixão e perdão. 
     O verdadeiro inimigo os construímos com os nossos preconceitos, com os nossos tribunais e juízos impróprios, com o desamor e incapacidade empática, é aquele que nos cega, nos isola e nos torna mortos para os outros . O verdadeiro inimigo é invisível, formado nos abismos das almas e nos porões das mentes, por sentimentos egóticos, radicais e insensatos, e pior, simbióticos, não nos permite sequer arredá-los e, para tanto, doem, doem muito.
    “Bohemian Rhapsody”... ensina-nos a detectar esses inimigos, tanto o físico, como os metafisicamente por nós construídos, mas não nos ensina a nos livrarmos deles, exceto orando e crendo, ou nos perdendo em busca dos artificiais anestésicos, das irracionais e inócuas fugas, dos intempestivos e indiretos auto-extermínios, dos gratuitos desperdícios de vidas… e de precoces perdas de tão genuínos talentos!
     “Anyway the wind blows…”