Meus dois avós
O velho Chico era bastante rígido, pois com 12 filhos, se não o fosse não conseguiria cuidar da família, ou como diz o ditado “o caldo desandaria”.
Meu avó trabalhava na Estrada de Ferro (Rede Ferroviária Federal) e naquela época, em que eu ainda tinha entre 4 até uns 8 anos ele ainda trabalhava lá, e depois de se aposentar voltou a trabalhar na roça.
No fim de ano era muita diversão na casa dos meus avós e meu avô estava sempre trabalhando, usando o seu chapéu como uma peça de roupa indispensável. Às vezes, a noite, eu pegava o chapéu dele no cabideiro e colocava na cabeça para tentar sentir como era usar chapéu.
Meu avô era quem castrava o porco, e depois de uns meses o matava. Assim como acontecia com os outros animais.
Já o meu avô Sebastião (Tião Valero) também trabalhava na roça e com o caminhão dele, transportando gado entre as fazendas, ou material de construção na cidade. Enfim, transportava o que o freguês precisasse.
Assim viveram os dois, cada um com sua especialidade, porém com a mesma dedicação e vontade de trabalhar.
Seja onde estiverem, saibam que aqui tem pessoas que se lembram de vocês.